terça-feira, 14 de julho de 2009

Brasil: 1959


Heróis do basquete nacional triunfam no Chile e levam o país ao topo em 1959.


- É o dia mais feliz da minha vida!


A frase do técnico Togo Renan Soares, o Kanela, emocionado e cercado por jogadores eufóricos dentro da quadra, dá a dimensão do que aconteceu no dia 31 de janeiro de 1959 no Estádio Nacional de Santiago. Há exatos 50 anos, a seleção brasileira de basquete chegava ao topo.


A vitória inapelável sobre Chile, por 73 a 49, fez a torcida da casa se render aos novos campeões mundiais. Estava consagrada uma geração de craques que ainda conquistaria o bicampeonato quatro anos depois, sem falar nos bronzes olímpicas em 1960 a 1964.


“Exibição segura, digna de um legítimo campeão”, foi o que disse o “Jornal dos Sports” no dia seguinte. Com a punição à União Soviética, o Chile seria campeão se derrotasse os brasileiros por mais de 12 pontos. Mas os donos da casa não tiveram nenhuma chance de levantar a taça.


O máximo que os chilenos conseguiram foi manter o placar apertado nos primeiro minutos. O placar no intervalo já era de 37 a 21. Em vez de relaxar diante da expectativa do título, a equipe verde-amarela pisou no acelerador e deu um show no segundo tempo.


A vantagem foi aumentando, mesmo com os titulares dando lugar aos reservas. E o Mundial terminou de forma simbólica, com um show de Wlamir e Amaury. O primeiro foi o cestinha da noite, com 17 pontos, e o segundo anotou 16.


Selada a vitória por 73 a 49, os brasileiros se abraçaram e não conseguiram conter as lágrimas. Enquanto a bandeira verde-amarela era erguida no estádio, o capitão Algodão recebeu o troféu. Durante a volta olímpica, os torcedores chilenos, reconhecendo os novos campeões, aplaudiram de forma entusiasmada. Estavam diante dos melhores do mundo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Posições de jogadores

São usadas, geralmente, no basquete, três posições: alas, pivôs e armador. Na maioria das equipas temos dois alas, dois pivôs e um armador.

  • Armador ou base é como o cérebro da equipa. Planeja as jogadas e geralmente começa com a bola.
  • Alas ou extremos jogam pelos cantos. A função do ala muda bastante. Ele pode ajudar o base, ou fazer muitos cestos.
  • Pivôs ou postes são, na maioria das vezes, os mais altos. Com a sua altura, pegam muitos rebotes, fazem muitos afundaços (enterradas) e bandejas, e na defesa ajudam muito com os tocos.

Abaixo tem um vídeo de basquete de rua.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O basquete no Brasil

O basquetebol é um esporte em plena evolução no mundo, cada vez mais difundido nas competições de alto nível e também como forma de recreação. Teve nos Estados Unidos o seu berço e lá também se constata a sua maior difusão e, consequentemente. O mais desenvolvimento técnico e a melhor performance em termos de “ranking” internacional. O basquetebol é um esporte completo, constituindo-se numa sucessão de esforços intensos e breves em vários ritmos, podendo alinhar corridas, saltos e lançamentos. Por estas razões coordena o ritmo e os movimentos humanos.

Neste esporte o trabalho físico dos grupamentos musculares ocorre de maneira coordenada e ritmada e, sem dúvida, os membros inferiores são os mais exigidos, embora esses movimentos sejam executados com muita flexibilidade e contrações rápidas. Os músculos abdominais e dorsais são freqüentemente exigidos, através de rotações, flexões, etc. Os músculos dos membros superiores realizam um trabalho onde os movimentos suaves, precisos e ajustados constituem artifícios essenciais nas conclusões dos passes, dribles e arremessos. O equilíbrio emocional de uma parte e a técnica da outra proporcionam a precisão e segurança que devem coexistir com a velocidade e a explosão. No campo moral, o basquetebol desperta no praticante o amor próprio, o espírito de cooperação, a solidariedade, o respeito ao próximo, a lealdade, a disciplina, a força de vontade etc. Em síntese, podemos concluir que o basquetebol é um excelente meio de formação física , moral e social do indivíduo.

A invenção deste desporto se deve aos estudos de James Naismith, professor em Sprinfield, Estado de Massachussetts, no Colégio Internacional da Associação Cristã de Moços. A origem do basquetebol se prende a uma instrução do então Diretor do Colégio, professor Gulick, dirigida a Naismith, no inverno de 189l/1892, no sentido de idealizar um jogo que, adaptando-se a essa estação climática, fosse praticado dentro de um local pequeno e que fosse de fácil manêjo. Naismith idealizou regras e também o material indispensável à prática do novo esporte: uma bola pesada e redonda e uma caixa para servir de gol, onde os jogadores atirariam a bola, havendo especificação de locais ou áreas de onde a bola poderia ser arremessada. Para dificultar o arremesso, a caixa era colocada em lugar alto. O que Naismith conseguiu foram dois cestos velhos, arredondados, um pouco mais longo na parte superior e que serviam para colher e guardar pêssegos. Foram esses cestos, amarrados na varanda que havia nas galerias do ginásio, numa altura de 3,05 metros, que originaram a denominação da modalidade. Mais tarde, para evitar inconvenientes que resultariam da intervenção na intervenção dos assistentes das galerias, surgiram as tabelas que vieram, inclusive, a contribuir para o maior interesse na prática do novo divertimento.

Já no primeiro jogo, o próprio Naismith teve dificuldades de retirar o pessoal do ginásio, tamanho foi o interesse despertado pelo novo esporte. Inicialmente, cada equipe era composta de nove jogadores: três avantes, três centros e três guardas. Bem se pode imaginar a satisfação dos alunos e os objetivos alcançados na ocasião. Imediatamente o basquetebol teve necessidade de uma regulamentação e assim, decorridos dois meses de sua invenção, surgiram as primitivas regras do novo esporte, em número de treze. Evidentemente, essas regras vieram a sofrer com o decorrer do tempo inúmeras alterações, buscando tornar o jogo cada vez mais movimentado e vibrante, acompanhando consequentemente o próprio desenvolvimento e progresso da prática esportiva.

As primeiras regras do basquetebol eram bastantes simples. Seu teor em nada fugia ao espírito que observamos no jogo atualmente disputado. Em fins de 1891, disputou-se pela primeira vez um jogo de basquetebol, com as regras elaboradas por Naismith. Neste mesmo ano difundiu-se a prática do novo esporte. Em janeiro de 1892,, no Boletim “O Triângulo”, da Universidade de Springfield, eram publicadas as primeiras regras. Um ano mais tarde, já se jogava basquetebol na China, no Japão e nas Filipinas. Em 1896, o mesmo ocorria no Brasil e em 1902, na França. Em 1936, vinte países disputaram um torneio de basquetebol, pela primeira vez incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim.

O basquetebol é hoje disputado por duas equipes de cinco jogadores cada uma. O objetivo de cada equipe é o de jogar a bola dentro da cesta do adversário e evitar que o outro time se apodere da bola ou faça sua cesta. A bola poderá ser passada, arremessada , batida, rolada ou driblada em qualquer direção, respeitadas as restrições impostas pelas regras. O basquetebol chegou ao Brasil por volta de 1896, quando professor Augusto Shaw, do Mackenzie College, de São Paulo, ao retornar dos Estados Unidos, trouxe uma bola de basquetebol, o que ensejou o aprendizado do jogo. Conseguiu de tal forma entusiasmar os seus alunos que, desde logo, houve frontal queda de interesse por outros exercícios recreativos. Todavia, a implantação definitiva do esporte só tomou vulto a partir de 1912 sob o impulso de uma campanha lançada pela Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro, sob a liderança do professor Henry Sims. Por sua iniciativa foi realizado em 1915, um campeonato que, apesar de não Ter cunho oficial, foi a atividade pioneira na especialidade. No mesmo ano aparecerem as primeiras regras em língua portuguesa.

O basquetebol brasileiro deve muito ao técnico Fred Brown, norte americano, nascido em Ohio e formado em Young Men’s Christian Association College. Veio trazido pelo Fluminense em 1920. Experimentado técnico de campo e conhecedor dos assuntos de gabinete, Fred Brown radicou-se no Brasil, implantou bases de organização da modalidade e soube conduzir o esporte da cesta em nosso País, aos mais promissores rumos. Foi decisiva a sua atuação à frente das equipes de clubes e seleções, e foi meritória sua participação nos cursos realizados para técnicos, que se desenvolveram por três anos, na antiga Liga Carioca de Basquetebol.