Heróis do basquete nacional triunfam no Chile e levam o país ao topo em 1959.
- É o dia mais feliz da minha vida!
A frase do técnico Togo Renan Soares, o Kanela, emocionado e cercado por jogadores eufóricos dentro da quadra, dá a dimensão do que aconteceu no dia 31 de janeiro de 1959 no Estádio Nacional de Santiago. Há exatos 50 anos, a seleção brasileira de basquete chegava ao topo.
A vitória inapelável sobre Chile, por 73 a 49, fez a torcida da casa se render aos novos campeões mundiais. Estava consagrada uma geração de craques que ainda conquistaria o bicampeonato quatro anos depois, sem falar nos bronzes olímpicas em 1960 a 1964.
“Exibição segura, digna de um legítimo campeão”, foi o que disse o “Jornal dos Sports” no dia seguinte. Com a punição à União Soviética, o Chile seria campeão se derrotasse os brasileiros por mais de 12 pontos. Mas os donos da casa não tiveram nenhuma chance de levantar a taça.
O máximo que os chilenos conseguiram foi manter o placar apertado nos primeiro minutos. O placar no intervalo já era de 37 a 21. Em vez de relaxar diante da expectativa do título, a equipe verde-amarela pisou no acelerador e deu um show no segundo tempo.
A vantagem foi aumentando, mesmo com os titulares dando lugar aos reservas. E o Mundial terminou de forma simbólica, com um show de Wlamir e Amaury. O primeiro foi o cestinha da noite, com 17 pontos, e o segundo anotou 16.
Selada a vitória por 73 a 49, os brasileiros se abraçaram e não conseguiram conter as lágrimas. Enquanto a bandeira verde-amarela era erguida no estádio, o capitão Algodão recebeu o troféu. Durante a volta olímpica, os torcedores chilenos, reconhecendo os novos campeões, aplaudiram de forma entusiasmada. Estavam diante dos melhores do mundo.
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